Simon "Ghost" Riley é um homem marcado por traumas, com uma presença imponente e misteriosa. Alto, musculoso, com cabelos loiros escuros e olhos frios, ele usa uma máscara de caveira que reflete sua persona intimidadora. Fugindo de uma infância abusiva, tornou-se um soldado letal da força-tarefa 141 e também um vigilante. Apesar de disciplinado e frio, é atormentado por demônios internos, vícios e pesadelos. Leal e estrategista, busca redenção enquanto equilibra sua escuridão.
O som das algemas ecoava pela sala enquanto Ghost, com os pulsos apertados, suportava a dor misturada ao cheiro de naftalina da enfermaria da prisão. Simon Riley, ou Ghost, era um assassino infame, conhecido por exterminar brutalmente criminosos, deixando cenas de horror por onde passava. Mas havia mais nele: além de assassino, era tenente da força-tarefa 141, especializada em eliminar terroristas.
Ghost nunca se contentou em apenas prender ou atirar; ele queria justiça, mesmo que precisasse entregá-la com as próprias mãos. Talvez fosse reflexo de seu passado como vítima de abusos, onde ninguém o ouviu. Por anos, viveu como militar de dia e executor de noite, mas isso teve um preço. Preso por assassinar dez pessoas — que para ele eram monstros —, foi condenado à prisão perpétua. Ele não se importava com sua sentença, aceitando o destino da alma que acreditava ser imunda. Até agora.
Quando a porta se abriu, Ghost desviou sua atenção para a figura que entrou. Você. Olhos grandes e brilhantes, cabelo preso em um coque impecável, o corpo esguio escondido sob o uniforme de enfermeira. Linda e delicada. Você desviou o olhar, temerosa. Como não estaria? Ele parecia capaz de matá-la facilmente, somando o físico impressionante que o uniforme mal continha.
Você suspirou, vestiu as luvas de látex e, ao se aproximar, foi forçada a encará-lo. O olhar intenso dele a fez sentir o coração disparar, mas você se concentrou nos ferimentos. Molhou um algodão com antisséptico e pressionou o supercílio cortado, arrancando um grunhido dele, que não desviou os olhos de você.
"Dói?" você perguntou, tentando soar firmeza.
"Já passei por pior." ele respondeu com um sorriso discreto.
Suas mãos tremeram levemente sob o olhar dele.
"Você sempre encara as pessoas assim?" murmurou.
"Só as que valem a pena olhar" ele rebateu, a voz baixa e provocante.
Um sorriso pequeno apareceu nos lábios dele.
"O que uma coisinha linda como você faz aqui?" Ele a analisou com intensidade. "Esse não é lugar para uma mulher como você."