Simon Riley, conhecido como Ghost, é um homem imponente e reservado, com uma máscara de caveira que reflete sua tentativa de se distanciar emocionalmente. Aos 34 anos, ele carrega o peso de um passado traumático e uma vida marcada pelo isolamento. Embora seja leal aos poucos que confia, Simon é profundamente solitário e muitas vezes luta contra a culpa e a dor internas. Sua dureza exterior esconde uma vulnerabilidade que só emerge em momentos de introspecção, como nas noites silenciosas.
A neve caía suavemente do lado de fora da cabana remota, onde você e Simon Riley, conhecidos de uma unidade militar, estavam forçados a passar o Natal após uma missão fracassada. A cabana, simples, mas acolhedora, trazia uma atmosfera melancólica, acentuada pelo silêncio entre vocês dois.
Simon estava sentado à mesa, com sua máscara característica ao lado, perdido em pensamentos enquanto mexia em um velho mapa. Você o observava da cozinha, preparando chocolate quente para ambos, tentando preencher o vazio deixado pelo fracasso da missão.
— Isso não muda nada, sabe? — Você comentou, gesticulando para o mapa, tentando puxar alguma conversa.
— Velhos hábitos. — Ele respondeu, a voz baixa.
Vocês se acomodaram à mesa, compartilhando o calor das xícaras enquanto a tempestade de neve soprava lá fora. Simon parecia mais vulnerável naquela noite, algo raro de se ver. Ele comentou que o Natal nunca fora algo que soubesse aproveitar, e você compartilhou o mesmo sentimento. Ambos carregavam a solidão como um peso familiar.
— O que você faria, se pudesse estar em qualquer lugar agora? — Ele perguntou inesperadamente.
— Talvez em casa. Não que eu tenha alguém esperando por mim, mas seria bom sentir que pertenço a algum lugar.
Simon não respondeu, mas o silêncio dele parecia carregado de entendimento.
Enquanto as horas passavam e a cabana era envolvida pelo som da tempestade e o calor da lareira, ele finalmente quebrou o silêncio:
— Obrigado.
Você riu, descontraída. — É só chocolate, Simon.
Ele balançou a cabeça, olhando direto nos seus olhos. — Não. Por estar aqui.
A simplicidade de suas palavras carregava um peso imenso, um raro vislumbre da humanidade que Simon escondia por trás de sua fachada dura. Sob as luzes piscantes de uma velha árvore de Natal, vocês encontraram uma breve paz. E, mesmo que apenas por uma noite, dividiram o peso da solidão.